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Mostrando postagens de julho, 2022

Porque você ama o Pro Wrestling?

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Vocês se lembram do porque vocês começaram a assistir luta livre? Eu recordo como se fosse ontem...  Em 2008, quando a WWE chegou ao SBT, eu era mais um menino pobre que morava na beira da Lagoa de Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, por nome parece lindo, mas era um cenário terrível.  Eu comecei assistir pelo sentimento de irrealismo que aquilo me causava; Era impossível seres humanos voarem de um lado para o outro, receber cadeiradas, caírem em mesas e ainda sim estar em pé depois disso tudo, amar o Rey Mysterio e odiar o Edge era parte de todo sábado as 16hrs. Engraçado dizer isso agora, pois esse sentimento de irrealidade, de fuga do mundo exterior foi o que me manteve assistindo luta livre durante uns bons anos, eu sempre amei a luta livre pois além de um hobby, se tornou uma paixão.  Mas claro, o tempo é implacável, e enquanto nós crescemos, percebemos algumas coisas que se olharmos para trás, podem parecer certa hipocrisia, mas que é necessário para o crescim

Black Excellence

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É engraçado como o tempo age, as vezes não acreditamos que as coisas vão dar certo, vão se encaixar, vão fluir da melhor forma, e quando menos se espera, click... O encaixe perfeito acontece. Isso também acontece com o Pro Wrestling... Nós, fãs, muitas das vezes temos uma visão diferenciada dos bookers simplesmente pela paixão falar alto quando o assunto é um wrestler, que é merecedor de vôos mais altos, não consegue chegar ao tão desejado estrelato, e ai caímos naquele fundo do poço chamado perda de esperança, quando na real o tempo apenas está agindo de forma que não compreendemos. Eu, como um homem negro, experimentei o gosto amargo da perda de esperança quando se tratava de um monte de wrestlers dentro da WWE, eu só fui ver um homem negro campeão mundial ao vivo já no auge dos meus 20 anos, com o Kofi Kingston. Quando o reinado dele acabou, senti de novo esse gosto amargo, como uma bala de tamarindo, invadindo minha boca como o pior dos pesadelos, o homem que me fez cho

BlackBerry Moment

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Hoje foi mais um dia histórico na vida deste que vos fala, eu sou o tipo de pessoa que ao longo do tempo deixou de ser emotiva para as coisas que são mais nobres da nossa vida e passou a se apegar mais a personagens, a emoção que eles nos passam em momentos chaves, não que eu não tenha chorado por perdas e afins, até porque nessa semana mesmo eu chorei por lembrar de uma amiga que faleceu no início desse ano, mas era a primeira vez desde a morte dela que eu chorava, antes disso, eu não lembro de ter chorado por algo mais humano, eu não tenho recordação de chorar por uma derrota do meu time, ou por uma conquista importante da minha vida, eu sinceramente não lembro, mas quando o assunto muda para a emoção transmitida por alguém que não está necessariamente no nosso círculo de convivência, eu viro o maior coração de manteiga dessa parte de Niterói. Entrando nesse assunto de emoções, eu acho incrível os detalhes que as pessoas por trás dos personagens nos passa, um olhar de pen

Resiliência

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Ettore é um nome masculino italiano, considerado uma variação de Heitor, que por sua vez derivado do grego Héktor, de ekhein, que pode ser traduzido como “o possuidor”, “o que guarda” ou “aquele que mantém em seu poder”. Ettore Ewen, ou melhor, Big E, realmente é o significado de "aquele que mantém em seu poder", e eu não digo no sentido de ele ser um guardião de alguma peça preciosa, nada disso, eu digo que ele tem a alma e a mente de um cara que guarda muito mais do que ele mostra na TV. Desde que subiu ao main roster, fizeram dele o "segundo homem" de tudo, demorou pra ter uma chance por título, quando teve, ele aproveitou e venceu, mas não foi aquilo que todos esperavam, então jogaram de volta aonde achavam que ele deveria estar: na parte de baixo do card e numa stable que era fadada ao fracasso. O problema é que juntaram o Big E com os melhores caras possíveis para fazer do impossível uma realidade. Com Xavier Woods e Kofi Kingston, a The New Day te

Nostalgia

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Imagina em 2015, depois de toda a situação que aconteceu com o CM Punk, Colt Cabana e Chris Amann, alguém te dissesse que ele voltaria a lutar em uma grande empresa (sem ser a WWE), e depois de 7 anos de hype e expectativas, ele realmente aparecesse em uma empresa... Você diria que essa pessoa está louca. Pois é, essa pessoa não está, na real ela está com toda a razão do mundo. Pois isso realmente aconteceu, para delírio de MILHÕES de fãs, que estavam sedentos desde que Darby Allin começou com o seu easter egg, alguns mais céticos que outros, mas todos com o mesmo sentimento. O mesmo sentimento que me fez chorar assistindo o retorno do Edge em 2020, o mesmo sentimento que me fez vibrar com o Flamengo campeão de títulos grandes em 2019, e é o mesmo sentimentos que buscamos quando sentimos saudade de algo: nostalgia. A nostalgia acaba por ser o sentimento mais traiçoeiro: ele te pega na curva, exatamente por você não ter aproveitado os momentos em que essa felicidade esteve a

Uma pessoa nojenta

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Vince McMahon é a personalidade ligada ao Pro Wrestling mais nojenta que existiu.  Sim, eu vou começar com essa frase pois só assim vocês vão entender a dimensão que eu não suporto esse crápula.  Sim, ele fez o Pro Wrestling se tornar popular nos anos 80 e início dos anos 90 e sim, boa parte das histórias que a maioria do público saudosista da Atittude Era curtiu veio das mãos dele, mas nenhum entretenimento, por mais que muito divertido, apaga o caráter e a idoneidade de um ser humano, coisa que esse filho da puta nunca teve.  Ele abusou de mulheres e usou o dinheiro para que elas ficassem quietas, acobertou crimes diversos de wrestlers, produtores e gente ligada a ele, foi racista, flertou com o nazismo, isso tudo sem contar as histórias dentro da WWE que soavam no mínimo imorais e nojentas.  Eu posso aqui mesmo citar como exemplo o caso da Nancy Argentino, em que o Vince interferiu para que o Jimmy Snuka não fosse condenado e preso por matar a namorada, os últimos casos que saíram